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Por que governança corporativa?

O crescimento de empresas familiares fica prejudicado sem uma governança bem definida.


Dados do IBGE apontam que 90% das empresas no Brasil são familiares. Todos sabemos que gerenciar relacionamentos não é tarefa fácil. O que dizer de relacionamentos familiares, em especial, que envolvem interesses patrimoniais e financeiros em comum?


Como lecionado pelo saudoso Peter Drucker, “a empresa e a família só sobreviverão e sairão bem se a família servir a empresa. Nenhuma das duas seguirá bem se a empresa for dirigida para servir à família”.


DIVERGÊNCIAS


É natural que as definições a respeito da estratégia empresarial, seus objetivos e metas, inovações, tecnologias, produtos, parcerias, posicionamento, atuação, valores, investimentos etc., encontrem opiniões diferentes entre os interessados... Para reduzir essas dificuldades, é fundamental que se estruture um modelo eficaz de governança corporativa, especificando as normas e princípios que a regerão.


Ela é responsável por definir e manter o cumprimento das diretrizes na empresa. Dentre seus inúmeros benefícios, ela melhora a qualidade da gestão, promove o alcance de metas e, por consequência, o crescimento do negócio. Permite direcionar ações e controlar resultados de forma organizada e baseada na sua filosofia organizacional, de acordo com o interesse de todos.


ESTRUTURA ORGANIZACIONAL


A estruturação da governança corporativa varia de acordo com a natureza societária, modelo e porte do negócio, mas deve se basear sempre em princípios básicos como transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa, conforme preconizado pelo Instituto Brasileiro de Gestão Corporativa – IBGC, entidade responsável pela elaboração do “Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa”, já em sua 5ª edição. Normalmente, é formada por:


Assembleia de investidores: Reúne-se para análise dos retornos e riscos dos investimentos;

Conselho de administração: Define as estratégias e supervisiona as atividades e resultados alcançados;

Diretoria: Implementa a estratégia, responsabiliza-se pela gestão da empresa e liderança da equipe.


Dependendo do porte do negócio ou do número de sócios ou investidores, a governança se resume em apenas conselho e diretoria, ou, ainda, ambos se confundem, adequando as regras e definições do modelo amplamente estruturado.


ENTIDADES NÃO EMPRESARIAIS


A governança gera os mesmos benefícios também para entidades não empresariais, como cooperativas e organizações do terceiro setor, com a adoção de práticas que profissionalizam sua gestão e o relacionamento com todos os interessados.


Contando com governança e planejamento estratégico bem definidos, os resultados serão mais facilmente alcançados pelo seu negócio, de maneira consistente e sustentável, sem desgastes na relação familiar ou entre os interessados.


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Até a próxima semana!


James Warley


 

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